Venho aqui e vou embora, trazida por uma inspiração soluçada. Leio, trabalho, dirijo, converso e pronto: apareço, escrevo umas linhas. Apareça também, sempre, quando em vez, assim como eu. E seja bem-vindo.

sexta-feira, novembro 27, 2009

Aviso aos navegantes

Gentes, a todos que passeiam por aqui, gostaria muito que lessem a nova página que criei (aí depois do título), chamada AVISO IMPORTANTE. Achei interessante colocar algo do tipo, pra evitar maiores transtornos, blz?

Nada como falar um pouco das regras do jogo, não é?

 



Abraços, da Direção.
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Um plano para a Moça Loira ou no Brasil, elege-se assim

- Os senhores estão convictos de que isso realmente dará certo? – questionou a moça, cabreira e um tanto constrangida.


- Obviamente!


- Certamente!


- Logicamente!


Meia centena de mentes explodiram numa euforia refinada. A sala de reuniões era alongada e fria de ar-condicionados reguladíssimos, trazia ao centro uma esdrúxula mesa de carvalho, alongadíssima tal qual a sala, que desprezava o mundo com suas enormes cortinas de linho e shantung, além da iluminação artificial de manhã solar, 07 horas de um domingo, 25 graus, no interior de São Paulo. Não era domingo, contudo, e não era manhã, mas uma tarde quente prevendo uma noite tão abafada quanto.


Nas centenas de cadeiras, engravatados de todos os tipos iam otimistas, cada qual por seu motivo. Na poltrona central, acolchoadíssima, ela, a moça loira, observava, atenta e atônita, a barafunda de papéis e discursos.


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quarta-feira, novembro 25, 2009

Uma música para o último adeus

Todo mundo tem aquelas músicas que gostaria de ouvir em seu enterro, ainda que, pela lógica, nós não estejamos lá para ouvir. De qualquer modo, é sempre bom deixar umas coisas registradas antes de partir, como se é ou não doador de órgãos (Por sinal, SOU DOADORA!), para quem deixará suas coisas e como quer que ocorram os cerimoniais da despedida.


O assunto é um tanto funebre, mas necessário. Eu penso nisso. Penso sempre, se querem saber. Já escrevi testamentos algumas vezes até, nada sério, nada publicável. Mas penso quem serei eu quando for embora, como as pessoas lembrarão de mim, por que feitos, que frases, músicas, sabores...


Eu lembraria de mim se visse bons desenhos, pintores como Frida Kahlo e Goya; se ouvisse Kings of Leon e comesse comida chinesa. Lembraria de mim se assistisse Peixe Grande e outras Histórias, do Burton, por que o enterro do velho protagonista é exatamente como eu espero que seja o meu: todas as pessoas com quem ele contracena no filme, todos os amigos que fez ao longo da trajetória, vão ao bosque assistir sua partida.

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terça-feira, novembro 24, 2009

SAIU O LIVRO!!!!

SAIU, SAIU, SAIU!


Este post será curto e grosso!



ESTOU INDO PRA GRÁFICA IMPRIMIR MEU LIVRO-REPORTAGEM, MAS NÃO VOU ESPERAR MAIS!


AÍ ESTÁ POSTADO PARA QUEM QUISER LER!


HISTÓRIAS DE BECO ESTREA HOJE PARA O MUNDO!


http://issuu.com/mayara.carol/docs/livro_beco_oficial_-_para_issuu


MUITO FELIIIIIZZZZZ!!!!!

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Isso é duro, mas confesso: tive vergonha de ser maranguapense

Eu queria estar aqui hoje escrevendo amenidades, cultivando aquelas palavras bonitas que tanto gosto de reproduzir nessa sala de estar, mas do que vivi ontem, boas palavras não poderão ser proferidas.


Ontem pela manhã fui levar minha avó de 92 anos ao médico, pois está gripada. Meu pai precisou tirar o carro para tanto, já que íamos longe. Levamos a um dos nossos "médicos de família", sim por que temos a sorte de ter médicos de família, doutores que, por conta do trabalho do meu pai na antiga FNS e dos problemas auditivos dele, tornaram-se amigos da casa. Dr. Moura, contudo, não está mais em Maranguape. Nenhum deles, na verdade, está mais lá. A não ser um, com clínica particular.


Cedo fomos ao município vizinho, Maracanaú, para encontrá-lo. Em um posto de saúde modesto de um bairro idem, lá estava um médico excelente. A estrutura do local era simples, mas organizada. O principal: funcionava bem. Haviaatendentes, aparelhos de pressão, cadeiras para que ninguém esperasse de pé, salas de consultório com médicos (eles têm uma geriatra! E fazem prevenção aos sábados para as pessoas que trabalham a semana toda), e acreditem, havia uma farmácia, e com remédios. Tudo o que Dr. Moura nos receitou esteve a nossa disposição gratuitamente.


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segunda-feira, novembro 23, 2009

Um disparate na lista do DATA

Mandaram pra lista do DATA (lista de emails do nosso Diretório Acadêmico, da faculdade) e eu não resisti, adoro disparates. Quem quiser pegar pra responder, me bota na lista pra eu ver as respostas, ok?

01 - Nome?

Mayara Carolinne Beserra de Araújo

02 - Quantidade de velas no teu último aniversário?

Vixe... tem que dizer? Foram mais de 20 e menos de 25, pode ser?

03 – Tatuagens?

Não. Pensei na idéia, mas não acho que teria paciência.

04 – Piercings?

Não, não.

05 - Já foi à Kiribati?

Eu não, se eu tivesse dinheiro pra ir até lá, usaria pra ir a outros lugares da minha longa lista.
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domingo, novembro 22, 2009

Os sons do post anterior

Músicas ouvidas e citadas ao longo do Natal de Luz. As trilhas que fizeram parte da crônica anterior.

>>A melhor do show:

Vanessa da Mata - Baú







Agora quando escuto essa música sinto o vento da praça do Ferreira no meu rosto e aquele leve cheirinho de maconha típico de shows, hehehe. Inevitável.
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Natal de Luzes ou Um Dia de Espectadora

Estou devendo esta crônica desde o Natal de Luz, na praça do Ferreira. Preparei-me para isto hoje. A casa está relativamente sozinha e o neon do poste refletido na sala de estar traz de volta a memória amarelada da noite de sexta, a noite em fui espectadora e não protagonista.



Existem dias em que não somos protagonistas, mas espectadores. São aqueles em que tudo ocorre a nossa volta, mas não para nós. O mundo está reluzente, acolhedor, interessante ao modo das mulheres grávidas, mas não para nós somente. Não somos o epicentro. Aquele fora um dia desses.


Às seis da tarde quase noite desembarquei em um Centro de Fortaleza diferente daquele de meses atrás. É novembro e o espírito natalino que nos coça os bolsos mantêm abertas as portas das lojas até que hajam criaturas às ruas. Caminho num Centro acordado, desperto apesar dos postes que tornam a vida urbana amarela e negra. Há outros coloridos, no entanto. Pisca-piscas, bolas, enfeites. É natal no Centro, é natal na praça do Ferreira. Estou indo ao encontro dele, para vê-lo chegar. O natal, contudo, já está comigo.

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sexta-feira, novembro 20, 2009

O final do financiamento




[caption id="attachment_133" align="alignleft" width="270" caption="Capa do livro: Histórias de Beco"][/caption]

Das cinco da tarde à uma da manhã diagramei o livro. De noite, quis velar o site do BNB, ainda que obviamente ninguém fosse atualizá-lo no meio da madrugada. Hoje às 8 vi o resultado. Não deu pra mim.
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terça-feira, novembro 17, 2009

Ao Drummond de Andrade e seu gato Crispim



[caption id="attachment_127" align="alignleft" width="280" caption="Carlos Drummond de Andrade"][/caption]

Velho Drummond,

Eu, assim como seu gato, homologo a invenção da poltrona.

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Eu quero ver heróis para além dos atletas

Somos jovens traidores, sem perspectiva. Sujamos o mundo, e o mercado percebe quão lucrativo é sujá-lo. Agora o mesmo mundo corre atrás de ser auto-sustentável, procurando em qualquer buraco um manual de instrução. Comemos porcaria e ensinamos pro mercado como é lucrativo comer porcaria. Reclamamos da Malhação, mas até os personagens da novelinha teen parecem mais mobilizados que nós. Nossa geração do fim dos anos 80 começo dos 90 não teve os melhores desenhos nem programas de tv, não teve as melhores bandas nem os melhores acontecimentos. Nossa geração não soube dar continuidade às revoluções em série. Não tivemos um herói que não fosse fantasia: da Tv, dos quadrinhos, dos filmes. Aliás, esses heróis não são nossos, mas da geração dos nossos irmãos e amigos mais velhos, do início dos anos 80.


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Sobre embargos, valentia jovem e a palhaçada do China In Box

Postando depois de muito tempo. Estive doente esses dias. Doente, sem internet nem celular, ou seja, isolada do mundo. O livro naturalmente andou por isso. Escrevi umas paginas no caderno pra quando tivesse um computador com internet por perto, e cá estou.


Escrever sobre os dias é confortável, terapêutico até, embora eu pense, pense mesmo em como os assuntos se esgotam e as ideias revolucionárias se repetem. Estive longe daqui: um pecado. Sinto-me devedora a todos que estiveram aqui e encontraram posts antigos. Desculpe.


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quarta-feira, novembro 11, 2009

O casamento

Os noivos se encontraram no terminal, sim, o noivo viu a noiva antes do casamento. Ia simples, um vestido pastel. O moço combinava com ela em blusa creme, manga comprida, e a calça social marrom, a roupa de domingo. E os amigos brincaram que ele pegasse o primeiro ônibus e a moça, o segundo, a fim de que se cumprisse a tradição da noiva se atrasar. Foram juntos, contudo, e chegaram ao cartório pontualmente. Na sala com ar condicionado, o nervosismo. O canário belga do relógio de passarinhos, na parede, não cantava. Que cantasse, cantasse logo! Os padrinhos deram seus rins para pagar um táxi do Siqueira à Aldeota e não receberam troco, mas chegaram em tempo. Era a hora. Na salinha de casórios, outros cinco casais davam seus sim’s enquanto os poucos parentes revezavam-se na melhor posição para registrar tudo. Terminada a breve cerimônia, mais algumas fotos: “segura o certificado, agora foto de frente e de perfil, muito bem, tá preso, rapaz!”


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segunda-feira, novembro 09, 2009

Sobre ontem e sobre amigos, ou seja, sobre todos os dias

Saímos ontem eu e Jana. Tomar uma cerveja, botar a conversa em dia. De fato, se cumpriu o que me disse a um ano atrás, antes de viajar pra Espanha: que bons amigos se encontram depois de muito tempo e ainda tem muito a falar. Creio que se a cerveja não tivesse começado a querer nos deixar tontas, não teríamos percebido que era hora de ir pra casa. Ficaram dois contos mal divididos, a desculpa pra nos vermos depois, uma outra hora, pra pagar a dívida. Está aceito o convite, pra agora agora não, mas está. Sei que as horas daquela tarde eram tempos preciosos que eu deveria ter gasto trabalhando nos projetos finais – sobretudo o de Estética, depois do carão que levei da Gabriela –, mas, Jana, eu não me arrependo. Vou correr e compensar esse tempo, vou dar um jeito.


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domingo, novembro 08, 2009

28 visitantes num só dia: sobre o blog e as baratinhas

O blog está bombando. Uma puta responsabilidade essa. O Manzangão também bombava, mas agora é diferente. Não é pela bagunça, pela sátira (ainda que eu sinta saudades de ter tempo para o manzango...), aqui são meus textos, minha vida dividia com qualquer pessoa que clique no shortlink do twitter.


Ontem vi que alguém acessou o blog por uma busca no google, a responsabilidade bateu de novo. Sei lá, não é como um link que está ali gratuitamente me chamando para clicá-lo, alguém foi atrás, saca? Quis me encontrar. E isso é mágico, é muito bacana.


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Felicidade do final iminente

Estou contente. Até ontem parecia tarde demais, prazos apertados e um arrependimento de ter perdido tanto tempo com mil coisas. Hoje estou mais tranquila e feliz. Sinto-me mais jornalista e aliviada depois de escrever o fechamento do livro. Estou louca pra postá-lo aqui, mas decidir não fazer isso. Sei que é uma crueldade com quem acompanha o blog por que foi mesmo um bom trabalho e olha que é difícil me ver julgando minhas coisas com bons olhos.


Assim que terminei de escrever, liguei pro Dh. Dei-lhe um baita susto! Assim que ele disse alô eu falei - muito séria:

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sábado, novembro 07, 2009

Eu, Jornalista - cansada e confusa...

Milhões de coisas na cabeça. Quando estou assim não consigo escrever. Sinto-me como um sujeito apavorado que se põe afônico de não saber o que dizer primeiro. A quinta-feira foi difícil, só hoje, sábado, conseguirem narrá-la. Foi um daqueles dias em que você se depara com tantas variáveis de uma constatação aparentemente resoluta que sua cabeça parece inchar feito um balão, de tantas dúvidas e certezas que aparecem. Meio incompreensível, né? Vou clarear as coisas. Detesto aparentar que minha vida se resuma a isso, mas é novamente o Beco.


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quarta-feira, novembro 04, 2009

Ecoa nos ouvidos, mas toca o coração

Estas são as músicas citadas no post anterior, pra quem quiser entrar no clima.

Jason Mraz - A Beautiful Mess (a música ao acaso no mp10)






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A noite depois do Dia

É o fim do dia de aniversário e eu estou sim mais velha. Ainda leio coisas das quais creio ter total domínio, mas no fim não sei explicar; ainda me sinto menina demais pra profissão; ainda estou insegura e verde e incompleta; ainda penso que compreenderei melhor certas coisas quando for mais velha. Contudo, por bons minutos, motivada por uma trilha sonora que me chegou aos ouvidos no acaso aleatório do mp10, tive saudades. Saudades de tudo. Dos que passaram, dos que ficaram, de todos que fazem parte da minha versão pessoal de "Encontros e Despedidas", da Maria Rita. Sim por que, segundo o Mardônio, a música fala da vida, dos que se apartam e se apegam, das pessoas que vão e vêm de nós mesmos. E cada um tem um significado pras circunstâncias da letra. Por essas saudades, sinto-me mais velha.


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terça-feira, novembro 03, 2009

Meu aniversário

Hoje é meu aniversário. Surreais todos esse processos orgânicos, metabólicos, cerebrais e epistemológicos que, pela lógica, devem acontecer na noite e madrugada diretamente anteriores à tal manhã em que você acorda e todos podem dizer que você está mais velho. Será mesmo? Do que eu tenha notado, desde o aniversário de vinte anos sou a mesma pessoa. Fisicamente, entendem? Talvez tenha engordado um pouco, mas quase nada está diferente. Não sinto ter pés ou mãos maiores, não vejo este tal crescimento que se deveria perceber, eu acho. Talvez isso aconteça por que é verdadeira a prerrogativa de que crescemos em torno das nossas orelhas. Uma maldição ter orelhas tão pequenas quanto as minhas.


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segunda-feira, novembro 02, 2009

Lua cheia: um dia de lobisomen

Estou visivelmente de péssimo humor. Estive estranha o dia inteiro... efeito de remédios ou a irritação familiar de todo dia, não sei qual foi. Detesto falar disso, contudo. Talvez saia com os meninos, se não estiverem tão difíceis hoje. Talvez caia de cara no projeto prático mais uma vez. Acho que fecharei est livro odiando-o com todas as forças. É muito possível. Ultimamente tudo que escrevo e falo e desenho diz respeito ao Beco da Poeira. Daqui a pouco não verei a hora de derrubarem aquele lugar. Quanta bobagem eu falo quando estou mal humorada. Espero que ninguém me peça opinião pra nada hoje. Sinto que estragarei qualquer coisa que tocar, feito uma maldição.


Eu não quero falar disso, droga.


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