Venho aqui e vou embora, trazida por uma inspiração soluçada. Leio, trabalho, dirijo, converso e pronto: apareço, escrevo umas linhas. Apareça também, sempre, quando em vez, assim como eu. E seja bem-vindo.

terça-feira, dezembro 29, 2009

Vozes na Cabeça ou O Que Pensar Depois de Hathaway em O Diabo Veste Prada

Muitas vozes tagarelando na cabeça. Precisava escrever. Não é fácil. Disse isso outra vez, vivo dizendo. Mas é difícil mesmo, difícil escrever. Eu não gosto disso. Não gosto do que faço.


Mas sei fazer, eu sei disso, ou talvez me contente com pouco. Desde muito nova fui assim, nas aulas de Física em que errava 16 questões de vinte e me orgulhava dos quatro acertos... sempre assim. Sou péssima em exatas, o vestibular que o diga. Já contei que só passei no vestibular por que anularam uma questão de Física?


Acontece que, na manhã em que soube que estava na segunda fase, disse para mim, pra quem estivesse perto: ninguém podia me segurar. Eu sabia que sabia português e história, estava em casa, ninguém me tiraria aquele lugar outra vez.


Não me sinto assim há tempos. Não me sinto em casa. Não me sinto confortável com o jornalismo como me sentia com o teatro ou o desenho ou 150 pessoas me vendo em cima de um altar, esperando que dissesse algo que lhes mudaria a vida... Isso não conta, não era eu naquele altar, definitivamente. Eu sei o que senti e isso não se nega.


Escrever não é estar em casa, pelo contrário, é uma tortura, dor, um precipício. Odeio escrever. Odeio ter que escrever. É... difícil.


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sexta-feira, dezembro 18, 2009

Lista de Presentes pro Natal

Sem querer abusar, mas já abusando, quem quiser gastar uma graninha pra me dar alguma coisa, lá vão as dicas!

(Pense numa pessoa que se acha...)

Livros do Mestrado

"Mídia Radical - rebeldia nas comunicações e movimentos sociais", John Downing >> 79,90 (Americanas.com)

"Culturas Híbridas - estratégias para entrar e sair da modernidade", Nestor Garcia Canclini >> 69,90 (Americanas.com)

"Teorias da Comunicação - Conceitos, escolas e tendências", Antonio Hohlfeldt, Luiz Martino e Vera França (adoro esse livro!) >> 37,90 (Americanas.com)

"Da diáspora - identidades e mediações culturais", Stuart Hall >> 55,00 (Saraiva.com)

"A mídia e a modernidade: uma teoria social da mídia", Jonh B. Thompson >> 53,80 (Saraiva.com)

Roupas

Blusas "arrumadínhas" >> Sei não quanto custa, mas sei que deve ter na Renner, Marisa, C&A ou qualquer coisa.

Blusas "de Jornalista"  >> Idem

Blusa barata do Fluminense (Qual é o problema? Pois eu tenho uma foto de infância que prova meu gosto pelo Fluminense, ok?) >> 12,00 (Made In Beco da Poeira)
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quinta-feira, dezembro 17, 2009

Músicas Conhecidas e Desconhecidas ou Passeando Pelos Palcos da Net

Postando umas músicas de uns desconhecidos que a gente encontra passeando pelos sites de músicas e zapeando na tv de madrugada, músicas daquelas que você sempre escuta, até gosta, mas nunca soube ao certo de quem era. A maioria das selecionadas neste post se encaixam nesse perfil. Algumas foram indicações ou achados que puxaram outras e outras. Pra quem gosta das tentativas de indie e alternativo nacionais, tá na mão:


GRAM - Você pode ir na janela

(Adoro essa música, é puta antiga, mas é boa)






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quarta-feira, dezembro 16, 2009

Nada de Dinheiro, Tudo de Cansaço; ou A Escrotice do Cartão de Plástico

Ontem engoli a seco as conseqüências de topar um jogo sujo. E me senti suja de incentivar algumas dessas roubalheiras das quais tanto reclamamos. Não se pode dizer nada quando se participa delas. Emudeci na fila do caixa, revirada de constrangimento e raiva. Ridícula.


Meu cartão atrasou por que faltava dinheiro e sobrava orgulho de não pedir a ninguém. Paguei aqueles juros filhos da mãe.


Olha na minha cara, tenho mais de 20, acha mesmo que vou pedir a alguém?


Eu tinha dinheiro. Ainda tenho, mas na mão de outra pessoa. Só se pode pagar contas quando outros decidem quitar as suas. A minha dívida corresponde à dívida de alguém comigo, não é assim que funciona a bola de neve dos atrasados?


De ontem não podia passar. Sinto-me péssima quando tenho assuntos pendentes, sobretudo quando envolvem dinheiro. O dia foi longo de negociações, longo de laconice, de emburramento de querem ter coisas e não poder comprar. Em um momento do dia, cheguei a ter 1000 reais em espécie dentro da mochila e, em minutos, o cartão de crédito e os gastos básicos da vida me torraram tudo. Alguém aguenta isso?


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segunda-feira, dezembro 14, 2009

Imagens e Cartões

Hoje pela manhã visitei o flickr em busca de inspiração. Certas fotografias conseguem mesmo mudar nosso jeito de ver os cenários, as angulações, os acontecimentos e a anatomia humana. Continuo afetada pela escala de cinza, não consigo fugir dela, ainda que o estojo de aquarela possua 23 cores além de cinza, preto e branco. Ainda estou no foco circunstancial do P&B.


Que lindas imagens encontrei. Belíssimas mesmo, intrigantes, tocantes, daquelas que dispensam qualquer frase escrita. O texto já estava lá. Algumas fotos rabisquei no bloquinho e, em breve, transformarei em imagens pros cartões de Natal. Não sairão como as fotografias, mas não devem mesmo. Pintura é pintura, foto é foto. Preciso conscientizar-me disso antes que enlouqueça de tanto me cobrar semelhança e realismo.


Tenho escrito menos. A palavra, quando se cala de alguém com uma natureza irrequieta como a minha, indica que não está indo embora de vez, mas dando lugar a outro suporte. Fez sentido. O lápis agora não faz mais letras, mas desenhos, rabiscos, traçados. E do computador mal tenho usado as teclas, apenas os comandos de que preciso para acionar o scanner.


É tempo de descansar, e o corpo, certa hora, deixa claro como quer fazê-lo. O meu parece querer sossegar desenhando. Nada mau.


Segue abaixo alguns rascunhos do bloquinho, não liguem a bagunça.


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domingo, dezembro 13, 2009

Cartões de Natal II

Gente, os cartões ficarão mais ou menos assim, é um esboço, mas essa será a base deles.

No lugar da fotografia serão imagens em aquarela:

[caption id="attachment_261" align="aligncenter" width="210" caption="Exemplo dos cartões "][/caption]

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Cartões de Natal

Olá Pessoas,


Estou montando uns cartões de Natal pra estudar aquarela e ganhar uma graninha ao mesmo tempo. Os cartões trarão duas imagens, uma "boa" e outra "ruim", cada qual em um verso, casadas com os dizeres: "Apesar de você..." ( referindo-se às imagens ruins: guerra, corrupção, poluição, miséria...) "... Amanhã há de ser um novo dia" (com as boas imagens: amizade, solidariedade, sorrisos...).


O projeto gráfico dos cartões não está pronto, mas segue abaixo o Making Off de uma das pinturas.


Caso lhes interesse, postarei mais adiante as versões dos cartões. Eles serão em couchê fosco (a gramatura ainda n sei, desculpem, mas vô procurar e digo depois) tamanho 15 x 10.5, mais ou menos um A4 fechado em 4, e terão espaço para mensagens no interior.


Custarão R$7,00 cada um e a renda será revertida para me sustentar mesmo, pois quem leu o post anterior sabe que não tenho filhos, mas o cartão de crédito não me abandona. É quase um menino novo. Lógico que, dependendo de quantos, podemos repensar esse preço, blz?


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sábado, dezembro 12, 2009

E agora, José? Onde estão os tais novos horizontes?

Tudo muito novo para falar com clareza. Pulei do abismo sem cordas desde ontem à tarde: ainda estou caindo.


A expectativa em torno do que eu possa vir a ser pesa toneladas. É, Drummond, vir-a-ser não parece uma atividade fácil. A realidade é que talvez novos horizontes até possam mesmo ser vislumbrados, mas ainda estou falida. Ontem tudo pareceu gigante, minhas potencialidades, meu futuro, minha profissão, a carreira acadêmica... mas hoje a fatura do meu cartão venceu e me puxou pelos cabelos de volta ao presente. Um senhor puxão. Agora, neste momento, eu sou o que? Uma recém formada, com emprego, mas sem dinheiro. Pior: sem coragem de procurar outro, por que gosto desse, apesar de tudo, e por que não me vejo exercendo jornalismo de redação ou assessoria de imprensa. Talvez eu fizesse rádio ou um jornalismo de revista em que pudesse ir à campo, não sei ao certo.


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quinta-feira, dezembro 10, 2009

Entrevista com Geraldo Azevedo

Olá a todos!


Trazendo para vocês uma das entrevistas mais chocantes a que já assisti. No início, saudosa, até bobinha, recordações de uma infância no sertão, às margens do São Francisco, mas por volta dos 12min, após cantar "Bicho de 7 Cabeças", Geraldo revela um passado realmente impressionante: de um cidadão duas vezes preso no período da ditadura, na última delas, por engano. O entrevistador, no caso o Jô Soares, torna-se um mero coadjuvante, pois que também ele fica estupefato com os depoimentos de um homem tão manso, mas de uma vida tão sofrida. Mais: um indivíduo de virtude sem igual, capaz de perdoar os que lhe conferiram tantos sofrimentos.


Depois dessa entrevista, a música "Caravana", do Geraldo e do Alceu Valença, terá um outro significado pra você.


O vídeo é um pouco longo, difícil de carregar, mas eu recomendo, não deixem de assistir.


Eu não consegui hospedá-lo, infelizmente, mas é só clicar aqui e ver.


P.S.: À todos da Comunicação Social da UFC, indico este cara para a próxima Revista Entrevista! Vai ser do caramba!

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quarta-feira, dezembro 09, 2009

Aos Maciel, sobre cães e amigos.

À família Maciel,


Tobias e Mel estão lá fora, ao quintal. Quando abri o portão, ele corria feito um louco enquanto ela procurava uma cadeira para subir. Ela sempre faz isso, é pequena demais e o Tobias não me deixa falar com ela no chão, coitadinha precisa subir em algo para se livrar dos ciúmes do gordo. Estão ambos, contudo, seguros e saudáveis, aparentemente. Nunca sabemos quando chega a hora, a vida não nos prepara para isto. E, no fim, temos sempre a impressão de que estavam tão bem, quando de repente... Eu sinto muito. Sinto pelas palavras de conforto que mal saíram da minha boca ontem. Em tempos de perda, as palavras se calam mesmo, e o que vale, creio, são os ombros, as mãos, os olhos chorosos. Estes estavam lá.


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segunda-feira, dezembro 07, 2009

Como se explicam certas coisas...

Caríssimos,

Vocês bem sabem que eu não sou de postar piadinhas da net, videozinhos engraçados e talz, ainda que eu goste de vê-los, como todo mundo. Esses vídeos, no entanto, eu precisava replicar. O autor se chama Alvaro C e ele faz vários videozinhos tentando explicar a vida por esquemas práticos, digamos assim. "Love" postei pq é bonitinho, mas "SEx" é até genial: pense só como seria explicar o sexo por meio de canetas... Pensou? Agora assiste.






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Lentes garrafais. Tenho enxergado melhor.

Tenho pensado mais. Sobre tudo. Minha cabeça adquiriu nesses últimos meses o triplo do tamanho, penso. Pretenciosamente ainda, sinto-me um tanto mais preparada pra, quem sabe, dar aulas. Descubro isso no rascunho da atividade, em pequenas coisas como dar conselhos jornalísticos no trabalho ou revisar textos de colegas. Vejo-me fazendo isso pra pequenos aprendizes, dando-lhes bons carões! Hehehe...


Há seis meses fiz uma cirurgia refrativa, que me devolveu à visão a uns olhos míopes de 7 graus e meio. Hoje finalmente ponho meus óculos antigos e consigo sentir a angustia de que experimentavam as pessoas que aproximavam minhas lentes garrafais dos seus olhos sadios. Eu nunca poderia saber que sensação esquisita era aquela.


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quarta-feira, dezembro 02, 2009

A sombra ou Aquele em que a palavra refundou o homem

Relembrando os tempos de contista, resolvi desenterrar este por que utilizei para resumir um texto de Estética sobre acometimentos, o Belo, o Sublime e a palavra. Caiu-lhe muito bem as reflexões de Eduardo Duarte. Ao longo do conto estão os principais conceitos do artigo, espero que curtam. Antes uma pequena ambientação:

No conto A Sombra, revela-se essencialmente a importância dos sentidos e principalmente da linguagem, da capacidade de comunicação, na construção de identidade dos indivíduos. O cenário é a prisão, o calabouço escuro e fétido, ora abafado ora frio, que, com suas condições subumanas, forja, com os passar dos anos, outros homens e mulheres, desterritorializados de si mesmos, despersonalizados.
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A vida não espera

Perdão a todos pelo sumiço. Falta de tempo e de internet em casa. O mundo está correndo e chamando meu nome, eu, gordinha como estou atualmente e nada afeita a exercícios físicos, estou galopando ofegante, tentando alcançá-lo.


"Calma, vida, lá vou eu!", estou dizendo. Ela não se aquieta, contudo. A vida não espera.


Estatísticas do IBGE são dados que todos deveriamos consultar mensalmente. É fascinante saber do nosso país nesses termos tão exatinhos. Os últimos resultados encheram os jornais de ontem e eu resolvi replicar a notícia aqui, por que, de fato, é importante saber.


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