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sábado, abril 24, 2010
Sobre dislexia, arte e trabalho ou O mundo saturno devora mesmo seus filhos 11:55
A última Bienal foi reveladora. Em um stand de livros sobre educação, descobri que sou disléxica. Reconheci em um livro especializado os exercícios que realizava na infância com uma professora diferente das outras, cuja disciplina era ministrada apenas para mim, depois das aulas. Os tais encontros, do pouco que relembro, começaram entre o jardim II e a alfabetização, quando engatinhei minhas primeiras palavras. Recordo parcamente o rosto atônito da professora regular. “A menina escreve espelhado, de trás pra frente, de cabeça para baixo!”, deviam exclamar. Era preciso um tratamento.
A professora diferente, uma psicoterapeuta - hoje sei, consertou-me a escrita e tentou honradamente ensinar-me o que era direita e esquerda, canhota e destra. Não conseguiu, contudo, até hoje me confundo. Mas não me quis obrigar a ser destra, o mais importante. Esta era minha lógica de infante: se meus colegas destros escrevem da esquerda para a direita, eu, canhota, devo começar ao contrário. Faz sentido, não? À época, fazia muito, exceto para o resto da sala, o resto do mundo.
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segunda-feira, dezembro 07, 2009
Lentes garrafais. Tenho enxergado melhor. 07:35
Tenho pensado mais. Sobre tudo. Minha cabeça adquiriu nesses últimos meses o triplo do tamanho, penso. Pretenciosamente ainda, sinto-me um tanto mais preparada pra, quem sabe, dar aulas. Descubro isso no rascunho da atividade, em pequenas coisas como dar conselhos jornalísticos no trabalho ou revisar textos de colegas. Vejo-me fazendo isso pra pequenos aprendizes, dando-lhes bons carões! Hehehe...
Há seis meses fiz uma cirurgia refrativa, que me devolveu à visão a uns olhos míopes de 7 graus e meio. Hoje finalmente ponho meus óculos antigos e consigo sentir a angustia de que experimentavam as pessoas que aproximavam minhas lentes garrafais dos seus olhos sadios. Eu nunca poderia saber que sensação esquisita era aquela.
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