Venho aqui e vou embora, trazida por uma inspiração soluçada. Leio, trabalho, dirijo, converso e pronto: apareço, escrevo umas linhas. Apareça também, sempre, quando em vez, assim como eu. E seja bem-vindo.

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domingo, maio 02, 2010

Sobre arte: a minha e a dos Outros

Este é o início de um quadro em aquarela sobre meninos e pipas. Fazer arte e falar dela resume parcamente duas das minhas grandes preferências. Estou ainda em busca das minhas inspirações, da escola, do movimento artístico, do artista com o qual mais me identifico, mas o que posso adiantar é o gosto nítido pela pintura brasileira. Artisticamente falando, teria sido uma injúria, uma injustiça divina, ter-me feito nascer em outro lugar. Nossas cores, expressões corporais, a robustez dos traços e o tom levemente cubista deles, mas sobretudo nossos temas são muito representativos, dizem bastante do tipo de arte que me acolhe: uma arte com conteúdo, feita com o objetivo de reportar, com um fim quase jornalístico, de revelação de eventos, momentos, principalmente íntimos, anônimos e comuns.

A arte brasileira, em geral, é a história de nossa gente mais ordinária - no sentido de trivial. Tarsila e suas paisagens do morro, do Rio; Di Cavalcanti com suas mulheres misteriosas e robustas; o Portinari dos retirantes, do mestiço; Abelardo da Hora, das esculturas; e mesmo Debret que, se esteticamente em nada se assemelha aos outros, quanto à temática, conta nossa história com sua representação de eventos. A pintores como Debret não se pode negar a alcunha de jornalistas, pois guardaram as estórias de seus tempos por meio do ato de reportar.
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